Em Piraeus, em Tessalônica e em dezenas de cidades da Grécia ocorreram manifestações na sexta-feira, dia 03, e no sábado, dia 04 de outubro. As mesmas estão integradas no marco de iniciativas ante a manifestação nacional do dia 1° de novembro, na Praça Sintagma, que está sendo organizada a partir da decisão das Assembleias Gerais de 417 Federações, Centrais Locais de Trabalhadores e Sindicatos.

Em Atenas, no sábado, dia 04 de outubro, milhares de trabalhadores, desempregados, jovens, mulheres e aposentados marcharam da Praça Omonia até a Praça Sintagma, onde se encontra o parlamento grego.

“Diante do ataque do capital e do governo, o único caminho é a organização da luta, da resistência contra a expansão das relações de trabalho flexíveis e da redução dos salários, contra a abolição de todas as leis antitrabalhistas, em defesa das convenções coletivas”, destacou no discurso central Vasilis Petropoulos, do PAME. “Nós chamamos os trabalhadores a darem um voto de confiança a sua força e a suas lutas, abrindo caminho para a derrota do capitalismo. Em 1° de novembro, Atenas estará inundada de trabalhadores, jovens, desempregados, trabalhadores autônomos, camponeses, aposentados, todos lutando pela vida que lhes pertence. Não às migalhas que querem nos distribuir aqueles que se servem da UE e dos lucros capitalistas. Existem todas as condições prévias para termos uma vida com direitos, com base nas nossas necessidades contemporâneas. Para isso, é preciso tomarmos esse assunto em nossas mãos. E, depois de 1° de novembro, com base neste trabalho, devemos preparar grandes manifestações e greves, avaliando o volume do ataque em geral, em cada setor, em cada centro de trabalho, com as forças do movimento classista na vanguarda da luta”.

O Secretário Geral do Comitê Central do KKE, Dimitris Koutsoumpas, participou da manifestação em Atenas. Em seu comentário aos jornalistas, disse o seguinte: “Há uma mensagem: Não podemos esperar. Contra as ilusões semeadas pelos conflitos desorientados entre os partidos no Parlamento. Organizamos agora a luta através dos sindicatos, com o PAME, com as demais organizações militantes, através da organização da aliança popular, fortalecendo o KKE em todos os aspectos. Pelo trabalho permanente e estável para todos, pelas convenções coletivas de trabalho, por salários satisfatórios, não menos de 751€, pelo retorno da bonificação de Natal, de Páscoa e de férias, da pensão, dos direitos sociais e da previdência social para todos os trabalhadores, isenções de impostos, abolição de todas as leis antipopulares, medidas fiscais que recaem, principalmente, sobre as famílias populares”.